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CIDADE RICA E MISERÁVEL

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Mensagem  Admin Sex Out 09, 2009 4:51 pm

Um município dividido em duas realidades. Macaé se divide por um lado entre bairros luxuosos, com belas casas e apartamentos cada dia mais requintados. Este lado da cidade já recebe o apelido de "Zona Sul" e a violência é a principal preocupação dos moradores desta parte da cidade.

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Um município dividido em duas realidades. Macaé se divide por um lado entre bairros luxuosos, com belas casas e apartamentos cada dia mais requintados. Este lado da cidade já recebe o apelido de "Zona Sul" e a violência é a principal preocupação dos moradores desta parte da cidade. Por outro lado, as regiões às margens do Rio Macaé, com grandes concentrações populares e condições de moradias precárias, também receberam uma identificação, são classificadas como "periferia" de Macaé. Nestas localidades as preocupações se atropelam e tudo parece muito urgente para as populações, porém a violência é também uma das principais dores de cabeça.
Nas regiões mais privilegiadas da cidade, nem tudo é mar de rosas. Apesar de condições de moradia e lazer garantidas por condomínios de luxo com altos muros, como acontece em bairros como Cancela Preta e Glória, os espaços públicos estão debilitados. Ruas com calçamento frágil, buracos; iluminação pública precária, ausência de transporte público, rede de esgoto e água encanada são comuns por ali. Porém, a violência é a grande vilã. Em bairros como Glória, após casos de seqüestros relâmpagos, assaltos à casas e a pedestres preocupam bastante. Fazendo compras no supermercado, Maria da Penha explicou que se não precisasse ter medo de sair de casa já estaria satisfeita. "Uso o carro para vir ao mercado. Dois quarteirões que poderia ser uma boa caminhada. Mas tenho medo de andar por aqui a qualquer hora do dia. De noite não saio de casa e ainda tenho medo de entrarem em casa", declarou Maria. Ela disse ainda que já utilizou de tudo para garantir a segurança de sua casa. "Trava eletrônica, cerca elétrica, alarme, vidro nos muros. Já tivemos vizinhos assaltados várias vezes dentro de casa" disse.
Na Cancela Preta a estudante Carla de Souza explicou que uma dificuldade é ter contato com os vizinhos. "Quem mora em casa não consegue ter muito contato nem com o vizinho, as opções de lazer ou esporte são sempre longe daqui e sempre pagamos por isso. Quem mora em condomínio ainda tem algumas relações com os outros. Eles têm campo de futebol, quadra e mais um monte de coisa comum", afirmou ela. Descendo a ladeira para o ponto de ônibus, a diarista Francisca Teixeira que trabalha dentro de um condomínio disse que dentro dos condomínios as pessoas se sentem seguras, mas que ninguém anda a pé. "Lá dentro é tudo seguro, cheio de vigia e as pessoas se sentem tranqüilas. Mas ninguém vai à praia a pé. Pra tudo tem que ser de carro", afirmou.
Por outro lado, às margens do Rio Macaé, direitos básicos são negados. Moradias precárias, esgoto à céu aberto, lixo acumulado e jogado no Rio, falta de calçamento, iluminação, praça pública, construções sem critérios e total ausência do poder público. Esta situação se tornou uma marca da Macaé do petróleo. Bairro como Nova Holanda, Nova Esperança, Malvinas, Nova Malvinas crescem diariamente a ponto de se confundirem uns com os outros. A violência também preocupa. Mas o medo do crime se junta ao medo da violência institucional. "Aqui a gente não tem nada. Mas o pior é a violência. As pessoas falam dos bandidos, mas ninguém vê a polícia que chega aqui desconfiando de todo mundo e agredindo qualquer um", desabafou Maria Machado moradora da Nova Esperança, que diz ter medo da polícia.
São retratos de uma cidade repartida, que devem ser considerados com cuidado pelos governantes. "Esse ano tem eleição e quero ver se alguém vai olhar para esses problemas que estão em todos os lugares. Isso aqui tem que mudar" concluiu João Barros, morador das Malvinas.

FONTE: Jornal Expresso Regional

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