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Macaé se tornou mais violenta e favelizada durante o governo Riverton

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Mensagem  Admin Sex Out 09, 2009 4:30 pm

17/11/2008

Nos últimos quatro anos muito pouco, ou quase nada foi investido para se reverter a condição de extrema miséria em que vive a população. Em vez disso, foram criados milhares de cargos políticos para atender a parentes e aliados do prefeito, o que inchou a folha de pagamento e inviabilizou o investimento em projetos sociais.

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Engarrafamentos freqüentes, transporte urbano caótico, favelas ocupando grande parte do território urbano, jovens sendo assassinados todos os dias pelo tráfico de drogas, seqüestros relâmpagos, esgoto a céu aberto. Muito embora estas características lembrem grandes cidades, todos estes problemas viraram rotina em Macaé, cidade com apenas 142 mil habitantes. Embora tenha uma das maiores receitas per capta do Brasil (aproximadamente R$ 800 milhões por ano), Macaé é considerada pelo IBGE como a cidade mais favelizada do estado - 16% das moradias do município estão em favelas. A cidade também não conta com rede de esgoto e é apontada como a líder brasileira em assassinatos de jovens de 18 a 25 anos, segundo dados da ONU.

Se as urnas não tivessem lhe conferido o direito de permanecer mais quatro anos no cargo mais poderoso de Macaé, Riverton Mussi terminaria seu mandato, em 31 de dezembro, como um dos piores prefeitos da história do município. No entanto, como os eleitores (e a poderosa maquina municipal) lhe deram uma segunda chance, o prefeito terá a oportunidade de tentar superar as suas inúmeras falhas como administrador. Mas o desafio não é fácil. Para apagar os quatro desastrosos anos de sua administração, Riverton terá que enfrentar os problemas criados por ele e seus aliados. E, daqui a quatro anos, só a história poderá julgar se o prefeito foi realmente digno da cadeira que ocupou.

Ao assumir novamente o cargo de prefeito, em janeiro, o prefeito terá que mudar o seu estilo de administrar. Mudança se tornou uma palavra necessária. Nos últimos quatro anos muito pouco, ou quase nada foi investido para se reverter a condição de extrema miséria em que vive a população. Em vez disso, foram criados milhares de cargos políticos para atender a parentes e aliados do prefeito, o que inchou a folha de pagamento e inviabilizou o investimento em projetos sociais. Por toda a cidade, o que se vê são obras paradas ou com cronograma atrasado.

O abandono é visível aos moradores de Macaé. Entram na lista, inclusive, obras como o Hospital Pediátrico e o da Mulher e a Cidade Universitária (que só teve um módulo concluído e está longe de ser uma “cidade”). Enquanto isso, a população macaense, diante de todas essas necessidades, acompanha atônita o crescimento desgovernado da cidade, que não oferece as mínimas condições de saneamento e habitação para grande parte da população. A Estação de Tratamento de Esgoto, que teve as obras iniciadas em 2004 está abandonada e os equipamentos (importados, que custaram R$ 14 milhões) estragam ao relento. Enquanto isso, a prefeitura gastou mais de 100 milhões de reais com desapropriações, grande parte terrenos baldios que ainda não viram nenuma obra.

Na Barra, foram mais de 3 milhões destinados às obras aplicados na obra da Praça Mirante dos Navegantes, que é executada pela construtora Cenotec. O valor é maior que os aplicados nas construções dos hospitais pediátrico e da mulher. A praça, que estava em estado precário, conta apenas com alguns homens trabalhando no local.

O Hospital de Emergência Pediátrica ficará no local do antigo fórum, na rua Tenente Coronel Amado, mas por enquanto não há ninguém trabalhando no local. O prédio, orçado no valor de R$ 894.927,38, está abandonado e cercado de tapumes. E a placa indicativa que havia no local, foi curiosamente removida, assim como as de várias outras obras. Já o Hospital da Mulher, teria um investimento de mais de R$ 1 milhão no antigo Serviço de Assistência Social Evangélico (SASE), na Barra de Macaé.


Condições sub-humanas


Nas áreas mais carentes da cidade é que a incapacidade da administração municipal é mais flagrante: moradias precárias, esgoto à céu aberto, lixo acumulado e jogado no rio, falta de calçamento, iluminação, praça pública, construções sem critérios e total ausência do poder público. Esta situação se tornou uma marca da era Mussi na prefeitura.

Bairros como Nova Holanda, Nova Esperança, Malvinas, Nova Malvinas crescem diariamente a ponto de se confundirem uns com os outros. A violência também preocupa. Mas o medo do crime se junta ao medo da violência institucional. “Aqui a gente não tem nada. Mas o pior é a violência. As pessoas falam dos bandidos, mas ninguém vê a polícia que chega aqui desconfiando de todo mundo e agredindo qualquer um”, desabafou Maria Machado moradora da Nova Esperança, que diz ter medo da polícia.


Na mira da Justiça

Além de todos os problemas administrativos, Macaé atravessa um grave período de instabilidade política e de crise de credibilidade das instituições públicas. Além dos problemas administrativos, o prefeito macaense terá que prestar explicações à justiça. Um dos processos, que está na 3ª Vara Cível de Macaé pede explicações acerta de desapropriações milionárias de imóveis de pessoas ligadas ao prefeito. Em uma das desapropriações chegou a ser gasto R$ 71 milhões dos cofres públicos, dinheiro que daria para construir mais de duas mil casas populares (ao custo aproximado de R$ 30 mil cada) para a população de baixa renda.

Um novo escândalo é colocado em foco pelo Ministério Público Federal. Riverton Mussi, vereadores e diversos outros políticos estão envolvidas em suspeitas de fraudes de licitações para merenda escolar. Segundo informações da página eletrônica do Ministério Público Federal – MPF, o prefeito Riverton Mussi e é processado por fraude em compra de merenda escolar. Mais 13 pessoas também estão sendo processadas pelo MPF por má utilização das verbas para a merenda escolar. A justiça já decretou o bloqueio de cerca de R$ 1,5 milhões de todos os envolvidos no mais novo escândalo macaense.

O caso envolve ainda contadores, empresários e membros da comissão de licitação além de empresas fantasmas que disputavam concorrências públicas. Segundo a ação políticos, integrantes da comissão de licitação, contadores e empresários vêm se articulando para favorecer utilizando empresas e fraudando licitações.

FONTE: Jornal Expresso Regional

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