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POLITICA, INTERNET E CORRUPÇÃO!

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Mensagem  Admin Sáb Nov 19, 2011 2:17 am

Um dos meus passatempos é falar mal dos maus políticos quando converso com estranhos, na condução, no bar, na fila do supermercado ou do banco. Percebi que as pessoas reclamam de um monte de situações, mas não sabem que por trás existem culpados com nome e sobrenome. Mas não pensem que adotei a linha das manifestações contra a corrupção aqui em Macaé, que são contra todos os políticos, todos os partidos, todos os sindicatos, todas as organizações de classe, todos os movimentos sociais organizados. Sei separar o joio do trigo.

Aprendi que se eu usar o discurso genérico de que “político é tudo ladrão, tudo farinha do mesmo saco” não consigo mais do que um balançar de cabeça concordando, mas que não rende nem resposta. É chover no molhado. Em compensação se a senhora com quem divido um momento de intimidade corporal forçada, por conta do ônibus megalotado (superlotado não retrata mais a situação) reclamar de alguma coisa e eu disser incisivo “mas sabe de quem é a culpa disso? A senhora sabe a sacanagem que tem por trás disso?”, percebi que consigo não apenas a atenção dela, mas de várias outras pessoas que se espremem e comigo dividem o mesmo metro quadrado, na via crucis de um ponto da cidade até outro.

É impressionante como a maioria da população desconhece o que acontece na política, as safadezas, os golpes, as jogadas para enganar o povo e principalmente ignora quem são os responsáveis pelas suas agruras no dia-a-dia. É comum depois de mostrar a verdade sobre algum fato ou sobre um determinado político ouvir como resposta: “É mesmo? Isso eu não sabia. Ah, então o negócio é esse!”.

Não se iludam que a internet não vai mudar esse quadro num curto prazo, nem médio, acho eu. Não sonhem que as pessoas vão se informar através da internet e com isso passar a questionar as coisas, a lutar pelos seus direitos.

A internet no Brasil como arma de revolução pacífica não passa de uma utopia. Senão vejamos, somos um país de 190 milhões de habitantes, em torno de 60 milhões acessam a internet, mas só 40 milhões são considerados internautas ativos (que usaram a internet no último mês). Alguns vão dizer que com muito menos se faz uma revolução. Sim, se os 40 milhões de usuários habituais da internet buscassem sites e blogs de notícias, grupos de debate, acompanhassem os fatos e procurassem informações isentas. Mas não é isso que a maioria busca na internet. Boa parte quer diversão, entretenimento, fazer relacionamentos, saber notícias de artistas, ouvir músicas, ver vídeos engraçados, sites de sexo, acompanhar as modas. Não é diferente, por exemplo, do caso das revistas. Quantas revistas circulam semanalmente sobre política, economia e assuntos nacionais, e quantas tratam de fofocas, de televisão, da vida dos famosos? O que vende mais, o jornal que traz na manchete o escândalo sexual de um famoso ou o que vem com uma chamada sobre a corrupção?

A moral da história é que quem acessa a internet são os brasileiros e o perfil cultural, social, educacional das pessoas não mudou. Os interesses continuam sendo os mesmos, quando se liga a televisão, quando se vê os jornais ou revistas, quando se conversa no bar ou no trabalho, na condução ou no supermercado, ou quando se navega na internet.

Claro que a internet está servindo para romper a blindagem da grande mídia. Não fosse este perfil no Facebook e alguns outros a população nem tomaria conhecimento de muita coisa errada que a mídia esconde por interesses comerciais. Mas para mudar a consciência da população, colocar o povo na rua, fazer uma revolução é preciso muito mais que dez ou vinte perfis no Facebook, Orkut, blogs... Apenas acho que as pessoas estão se iludindo sobre o poder da internet no Brasil para mudar a consciência de toda a sociedade e não apenas da classe média esclarecida.

Em tempo onde a internet nos acostumou que quase todos “recomendam” algum link, site, programa e outros “curtem” isso ou aquilo, eu lhes recomendo e sugiro que curtam falar mal dos maus políticos, em casa, com os vizinhos, no trabalho, no transporte, na rua, seja lá onde for. Quanto mais se falar mal dos maus políticos com nome e sobrenome melhor será para fazer mais pessoas acordarem. Eu vou continuar fazendo a minha parte!

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